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Palestra 1: Wagner Rodrigues Valente - UNIFESP Quem somos nós, professores de Matemática?
Ao saber quem são seus avôs, bisavôs e mesmo tataravôs profissionais, o professor de
matemática passa a ver o trabalho de seus colegas contemporâneos, e seu próprio fazer docente, de outro modo.
Dá a seu ofício uma dimensão histórica. Considerar o trabalho do professor de matemática numa dimensão histórica
permite uma compreensão diferente do sentido das ações realizadas nas salas de aula hoje. Ter ciência de
contextos de outros tempos do ensino de matemática possibilita o entendimento do que são novidades e
continuidades, na tarefa cotidiana de ensinar matemática a crianças, jovens e adultos. Esta breve palestra
tem a intenção de apresentar ao professor de matemática alguns de seus antepassados profissionais. Ao considerar
de modo bastante sumário essa genealogia, quem sabe seja possível encontrar aqueles familiares que foram
deixando heranças às práticas e saberes atuais da Educação Matemática.
Wagner possui graduação em Engenharia (Escola Politécnica) pela Universidade de São Paulo (1979) e
Pedagogia pela Universidade Santa Cecília dos Bandeirantes (1987). É mestre em História e Filosofia da Educação
pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1991) e doutor em Educação pela Universidade de São
Paulo/INRP-Paris (1997). Pós-Doutor pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1999).
Livre Docente no Departamento de Educação da Universidade Federal de São Paulo (2010).
Realizou estágio-pesquisa FAPESP na Université de Genève, Suíça, junto à Équipe de Recherche en Histoire
des Sciences de l'Éducation (ERHISE) em 2015 e 2017. Presidente do GHEMAT Brasil - Grupo Associado de
Estudos e Pesquisas em Historia da Educação Matemática (ghemat-brasil.com). Coordenador do GHEMAT-SP
(ghemat.com.br). Professor Associado Livre Docente da Universidade Federal de São Paulo.
Coordenador, pelo lado brasileiro, de projeto de cooperação internacional CAPES-GRICES (Brasil-Portugal) (2006-2009).
Coordenador, pelo lado brasileiro, de projeto de cooperação internacional CAPES-COFECUB (Brasil-França) (2014-2017).
Professor Visitante da Universidade de Múrcia, Espanha, em 2019. Presidente da Comissão Científica do XI
ENEM - Encontro Nacional de Educação Matemática (Curitiba, 2013). Membro da Diretoria Nacional da Sociedade
Brasileira de Educação Matemática (2011-2013). Coordenador de Matemática do Projeto Livres - Banco de Dados
de Livros Escolares Brasileiros (1810 a 2005). Editor do International Journal for Research in Mathematics
Education - RIPEM (2011-2013). Co-editor do International Journal for Research in Mathematics Education -
RIPEM (2013-2016). Co-chair do II Congresso Iberoamericano de História da Educação Matemática
(México, 2013). Membro do Comitê de Avaliação Externa da Faculdade de Ciências e Tecnologia da
Universidade Nova de Lisboa, Portugal, desde 2011. Membro da diretoria da Sociedade Brasileira de História
da Matemática (2015-2019). Editor da HISTEMAT - Revista de História da Educação Matemática.
Editor do Boletim Acervo, do Centro de Documentação do GHEMAT-SP. Na pesquisa, investiga principalmente
os seguintes temas: livro didático de matemática, didática da matemática, história da educação matemática,
história da matemática, saber profissional do professor de matemática.
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Palestra 2: Régis Varão - Unicamp Um pouco sobre teoria da medida
Vamos conversar um pouco sobre a história da matemática, sobre medir a área e o volume de conjuntos.
Tudo isso está dentro do que hoje chamamos de teoria da medida. A probabilidade, por exemplo, só pode ser
propriamente formalizada com o uso da teoria da medida.
Régis é docente e pesquisador em matemática na Unicamp e divulgador científico. Graduado em Matemática pela Unicamp,
Mestre e Doutor pelo IMPA. Pós-doutor pelo ICMC-USP e pela Universidade de Chicago. Sua área de pesquisa
concentra-se em Sistemas Dinâmicos e Teoria Ergódica. Também trabalha com divulgação científica (criou o canal
no YouTube Fantástico Mundo Matemático).
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Palestra 3: Marilaine Colnago - UNESP
Evolução da Covid-19: o que a Matemática tem a ver com isso?:
Achatamento da curva, platô, pico de crescimento, taxa de reprodução do vírus.
Com o avanço da pandemia da COVID-19, essas palavras apareceram em nossos dias com muita frequência.
Mas qual a Matemática por trás de tudo isso? Baseando-se em dados disponíveis sobre casos positivos,
internações e óbitos é possível modelar a evolução do vírus, saber, por exemplo, a velocidade com a
qual o vírus está se disseminando e ainda estimar quais as cidades têm maior chance de sofrer os
impactos da doença. Esses estudos, se apoiados em recomendações de profissionais da saúde,
órgãos técnicos competentes e em experiências internacionais bem-sucedidas, podem ajudar na tomada
de decisões e na contenção do vírus no país. Dessa forma, essa palestra apresentará a plataforma SP
Covid-19 Info Tracker, e suas contribuições no combate à pandemia.
Marilaine é graduada em Matemática, mestre em Matemática Aplicada e Computacional pela FCT/UNESP e
Doutora em Ciências da Computação e Matemática Computacional pelo ICMC/USP. Atualmente é bolsista
de Pós-Doutorado pelo CNPq no ICMC-USP, atuando na linha de Dados e Metodologias Matemáticas para o
enfrentamento da COVID-19 no Estado de São Paulo. Atualmente coordena o Projeto SP COVID-19 Info Tracker,
plataforma de monitoramento e análise de dados da pandemia no Estado de SP. É também coordenadora do Comitê
Temático "Mulheres na Matemática Aplicada e Computacional" da SBMAC (Sociedade Brasileira de Matemática
Aplicada e Computacional), e é uma das coordenadoras do Projeto de Extensão GECET: Garotas nas Engenharias,
Ciências Exatas e Tecnologias (PROEX-UNESP).
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Palestra 4: Marcelo Bairral - UFRRJ
Possibilidades e desafios das tecnologias digitais no ensino e na aprendizagem matemática
Nessa palestra, refletirei sobre o que significa aprender matemática e apresentarei possibilidades e
desafios de integração das tecnologias digitais no currículo, com ênfase nos tablets e smartphones.
Marcelo é professor titular da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Licenciado (1990) e
especialista (1992) em Matemática pela Universidade Federal Fluminense, mestre em Educação Matemática
pela Universidade Santa Úrsula (1996), doutor em Educação Matemática pela Universidade de Barcelona (2002)
e pós-doutor em Educação Matemática pela Rutgers University (Newark, EUA, 2007) e pela Universidade de
Turin (Itália, 2012). Preside o Gepem desde 2003 e é o editor do Boletim Gepem. Fundador (em 1999) e
coordenador do Grupo de Estudos e Pesquisas da TIC em Educação Matemática (www.gepeticem.ufrrj.br).
Editor associado do Journal of Research in Mathematics Education (REDIMAT). Foi coordenador e atua como
docente do Programa de Pós-Graduação em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas Populares (PPGEduc).
É também professor do Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e Matemática (PPGEduCIMAT).
Atua em educação matemática nos seguintes temas: interações em ambientes virtuais, tecnologias e formação
de professores, aprendizagem matemática em dispositivos móveis com toques em tela, inovações curriculares
em geometria. Foi coordenador do GT19 (Educação Matemática) da ANPEd e membro da coordenação do GT6
(Ed. Matemática, Tecnologias Digitais e EaD) da SBEM. Desde julho de 2013 integra a Comissão internacional
para melhoria do ensino e da aprendizagem de matemática (CIEAEM). Presidente da SBEM (Sociedade Brasileira
de Educação Matemática, gestão jul./2019-jul./2022). Foi coordenador do grupo temático-49 (Distance Learning,
E-Learning, and Blended Learning of Mathematics) do ICME-14 (Shangai (jul./2021). Membro do CA-Educação/CNPq.
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Palestra 5: Catarina Carvalho - University of Hertfordshire
Como gerar o semigrupo de Multipermutações?
Falaremos sobre o monóide de operações hiper-sobrejetivas,
também conhecido como multipermutações, como apareceu em conexão com o estudo da complexidade
da lógica positiva de primeira ordem sem igualdade. Relacioná-lo com os subsemigrupos de relações
binárias já estudados, damos algumas das suas propriedades estruturais e apresentamos um leque de
questões em aberto.
Catarina é Senior Lecturer em Matemática na Escola de Física, Engenharia e Ciências da Computação da
Universidade de Hertfordshire (UH), UK. Ela é Fellow da Higher Education Academy e representante da London
Mathematical Society na UH. Ingressou na UH em 2010, após posições pós-doutorais na Universidade de Lisboa,
na Universidade de Durham, UK e uma curta estadia na SFU, Canadá. Obteve seu Doutoramento em 2006 pela
Universidade de St Andrews, UK, na área de Teoria de Semigrupos, e atualmente pesquisa principalmente na área de
Álgebra Universal e sua ligação com Problemas de Satisfação de Restrições. Atualmente leciona cursos de Álgebra,
Análise, Investigação Operacional, e está a preparar um curso em Ciência de Dados.
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Palestra 6: Karina Rodrigues da Silva - O Boticário
Matemática aplicada: trabalhando como cientista de dados
Atualmente, os termos de Data Science e Big Data estão em alta, porém há pouca enfatização das diferentes
áreas em que um cientista de dados pode atuar. Nessa apresentação, falarei um pouco de como as áreas se
conectam, dando destaque à minha área de atuação como cientista de dados com foco em Otimização/Pesquisa
Operacional no grupo Boticário.
Karina é graduada em Matemática Computacional pela UFMG, técnica em Informática Industrial e mestra em
Modelagem Matemática e Computacional pelo CEFET-MG, onde desenvolveu um trabalho com o objetivo de
otimizar cardápios automatizados. Tem 5 anos de experiência de mercado na área de Otimização/Pesquisa
Operacional e, atualmente, é especialista em Otimização no Grupo Boticário, onde atua na elaboração e
desenvolvimento de modelos matemáticos para o apoio da tomada de decisão de problemas complexos.
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Minicurso: A combinatória em delineamentos experimentais
Proponente: Prof. Lucas Monteiro
Utilização de algumas construções em combinatória, como quadrados latinos, na construção de
delineamentos experimentais utilizados em situações práticas.
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Roda de Conversa 1: Compartilhando experiências, vivências e práticas pedagógicas no Estágio Supervisionado em Matemática
O Estágio Supervisionado é uma etapa importante na formação do futuro professor dos cursos de Licenciatura,
dado que a sua inserção no ambiente escolar contribui com a aprendizagem da docência e em minimizar os impactos
ocorridos no início da carreira docente. O Estágio permite aos licenciandos experienciar a prática pedagógica
docente, etapas de “sobrevivência” e “descoberta” da realidade escolar na Educação Básica. Esta etapa de
“sobrevivência” consiste na experimentação e vivência escolar, evitando um choque de realidade para o futuro
educador. No que tange à “descoberta”, refere-se a tomada de consciência de responsabilidades e da compreensão
do papel e importância dos futuros professores na comunidade escolar. Sendo assim, esta roda de conversa composta
por discentes do Curso de Licenciatura em Matemática da Universidade Federal de Lavras tem como objetivo propor um
espaço para compartilhar práticas, experiências e situações vivenciadas no Estágio Supervisionado em Matemática.
Mediadora: Profª Amanda Castro Oliveira
Participantes: Gabriel Alvarenga de Oliveira, Leonice Silvério de Carvalho e Thalison dos Santos Lopes
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Roda de Conversa 2: Reflexões sobre o Novo Ensino Médio
Nesta roda de conversa, iremos refletir sobre a nova organização curricular proposta para o Ensino
Médio e como tem ocorrido a sua implementação em algumas escolas.
Mediadora: Profª Silvia Maria Medeiros Caporale
Participantes: Profª Fernanda Martins Ferreira e Prof Guilherme Garcia Fernandes, atuantes no Ensino Médio
de Lavras.
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